Floripa: Ilha dos casos e acasos raros

Florianópolis, Ilha da Magia. Muito misticismo envolve a cultura ilhéu. Neste sentido, como explicar os acontecimentos que envolveram o futebol mané nos últimos dois anos?

Foi rebaixamento alvinegro para a Série B, somado a uma rara e meteórica aparição do Hawai na elite do futebol nacional. E mais. Até título estadual azul teve, bi-campeonato, pra ser sincero. Quanta anormalidade, não acham?

Talvez as bruxas – tradicionais habitantes deste pedacinho de terra perdido no mar – tenham saído de férias, cansadas do marasmo das belas paisagens florianopolitanas (difícil) e ávidas por conhecer outras bandas deste mundo, ocasionando a balbúrdia futebolística presenciada nesse período.

Todavia, para o bem dos manezinhos e “amanezados”, a situação parece estar voltando ao normal. O Figueirense está a meio passo de recuperar a sua vaga – guardada com tanto zelo pelo time-flanelinha - no Brasileirão da Série A, bem como o time azulejento do sul da ilha está retornando ao seu local de origem, onde o mesmo encaixa-se perfeitamente, a Segundona.

Ainda faltam as confirmações matemáticas, tanto do acesso do Furacão do Estreito, quanto da queda do time do Manguezal, mas tudo caminha nessa direção.

Saia às ruas e sinta o clima favorável. Ande pelo centro da cidade e tente encontrar alguma camisa da equipe hawaiana. Não são vistas. Porém, dificilmente cruzarás a Praça XV sem passar por alguém que esteja vestindo o sagrado manto alvinegro, isso se não for você mesmo a representar a mais vitoriosa instituição do Estado de Santa Catarina. São os bons ventos que nos fazem crer que, na ilha dos casos e acasos raros, as coisas estão voltando a sua habitual normalidade.

Se todo esse período de rebuliço ocorresse em outros locais, diriam que as bruxas estão à solta. Contudo, na nossa peculiar situação, creio que seja mais adequado dizer que as bruxas voltaram de férias e estão reorganizando a casa.