quinta-feira, 24 de março de 2011

Perdemos para o Concórdia?

É isso mesmo. Perdemos para o Concórdia, por mais improvável que isso possa parecer. O Figueirense fez a peripécia de ceder a virada para o Galo do Oeste, após ter aberto o placar com um golaço de Reinaldo.
O Figueirense começou melhor o jogo. Também, se nem isso tivesse conseguido fazer poderia ter se matado de uma vez. O time do Concórdia que me perdoe, mas é ruim. Claramente o pior do campeonato. Mesmo jogando sem um meia de armação sequer, a equipe comandava as ações no meio de campo em razão dos enormes espaços deixados pelos donos da casa. Porém, a bola não chegava com a qualidade que merecia ao ataque.
Pittoni fez uma boa partida. Era o homem que tentava as armações das jogadas e que fazia a bola girar no meio campo, invertia o jogo quando necessário, enfim, se não foi um substituto à altura para Maicon – e ninguém o será – cumpriu bem sua função. Ressentiu-se, e muito, de um companheiro meia, cuja única opção disponível estava no banco de reservas: o garoto Wellington Nem.
Mais uma vez o Figueira pecou por não matar o jogo quando está com ele nas mãos. Reinaldo abriu o placar com um golaço. Emendou uma patada da intermediária e acertou o ângulo do arqueiro Segala. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar. Após isso teve outras chances de ampliar o marcador. Primeiro Heber tentou um chute cruzado de fora da área e fez a bola passar perto da trave. Na sequência, o mesmo atacante teve uma chance clara, quando arrancou em direção ao goleiro e finalizou muito mal, chutando no meio de Segala, que viu a bola explodir nos seus pés.
Reinaldo também perdeu o seu. Em um rebote do goleiro do Concórdia ele finalizou no reflexo para o gol aberto e acabou jogando pra fora.
Aí, novamente, nós alvinegros somos agraciados com a punição da bola. É o “quem não faz, leva”. Bola alçada na área alvinegra, falta no goleiro Wilson e gol de Selmir de cabeça.
Poucos minutos depois saiu a virada. Em uma falha de Roger Carvalho, Elton ficou de frente para o gol e fuzilou a meta de Wilson. O improvável virava realidade, Galo do Oeste a frente do Figueira.
Pior foi o que se seguiu. Um Figueira sem criatividade que não conseguia transpor a violenta, mas frágil marcação do Galo do Oeste.
O segundo tempo foi medonho, Bruno abusava da individualidade pela direita e não fez uma boa partida. Assim como Heber que ontem esteve irreconhecível em campo. Aliás, principalmente na segunda etapa o Figueira todo esteve irreconhecível. Ou talvez estejamos conhecendo um novo alvinegro que está trocando o bonito e refinado toque de bola por lançamentos longos e jogadas esticadas diretamente para os atacantes.
Claro que a equipe tem desfalques muito importantes, como Fernandes, Breitner e Maicon, este o melhor jogador do time. Mas não é desculpa para vermos um Figueira jogar de forma completamente diferente da que estava acostumado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário